A bancada do PR voltou atrás da decisão de trancar a pauta de votações, na sessão de ontem, da câmara. O líder Mohamed Zaher anunciou a decisão de trancar a pauta na tarde de terça, mas destacou que a decisão poderia ser revista, caso o prefeito Zé Carlos do Pátio (PMDB) atendesse a bancada e fossem reavaliadas as demissões dos servidores do Centro de Reabilitação Nilmo Júnior e do Posto da Saúde da Família do Monte Líbano. Na semana passada, o PR havia dado o primeiro recado, quando não aprovou nenhum pedido de urgência em projetos do Executivo.
Pátio, no entanto, recebeu ontem a bancada do PR e os vereadores decidiram votar os projetos do Executivo. “O prefeito nos recebeu e conversamos sobre a situação do Nilmo Júnior”, disse Zaher.
O republicano informou que o remanejamento da coordenadora do Nilmo Júnior, Patrícia Pimentel Lopes, não vai ocorrer. “O prefeito nos deu garantias sobre isso e disse que não partiu dele esse pedido”.
Com isso, os republicanos que contam com maioria na Câmara votaram na tarde de ontem todos os projetos do Executivo, inclusive os que tramitavam em regime de urgência. Apenas um projeto da vereadora Mariuva Valentim Chaves (PMDB) que torna obrigatório o atendimento de emergência, quando envolver risco de vida, em qualquer hospital, mesmo que o paciente não tenha recurso para pagar, não foi aprovado. Ao todo, foram 33 projetos aprovados.
O líder do PR explicou que a questão deve ser debatida com mais profundidade na manhã de hoje quando volta a conversar com o prefeito sobre o assunto. “O que ocorreu é que a vereadora Mariuva apresentou números de produtividade do Nilmo Júnior que não são iguais aos do Secretário de Saúde, e ontem ele [prefeito] ficou sabendo dos números reais apresentados pelo secretário”, disse o vereador.
Zaher antecipou que hoje ele e Pátio podem, inclusive, ir até o Nilmo Júnior para conferir de perto o funcionamento da unidade. “Outra coisa é o posto do Monte Líbano, onde vamos conversar também sobre a demissão da enfermeira padrão, vamos mostrar a produtividade dela”.
Outro lado
A vereadora Mariuva Valentim Chaves, apontada por Zaher como o pivô de toda esta confusão, disse ontem que não manipulou os números da produtividade do Nilmo Júnior. “São números reais, eu trabalho há 28 anos na Saúde e conheço bem aquela secretaria, o que ocorre é a questão política e até mesmo um pouco de preconceito por eu ser mulher”.
Mariuva também negou que havia pedido o remanejamento da coordenadora do Nilmo Júnior.
