O presidente do PSD em Mato Grosso e candidato derrotado ao Senado, Carlos Fávaro, confirmou que vai entrar com uma ação na justiça eleitoral cobrando a cassação da ex-juíza Selma Arruda (PSL) por possível prática de Caixa 2 em sua campanha. Assim como o advogado Sebastião Carlos (Rede), que também disputou a eleição ao Senado, Fávaro vai se basear na cobrança judicial que o marqueteiro Junior Brasa faz contra a senadora eleita. O pedido deve ser protocolado na próxima semana e os advogados estudam se é melhor fazê-lo no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Cuiabá, ou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.
“Defendi durante a minha campanha uma nova maneira de fazer política. O Brasil já não aceita mais atos ilícitos na política e de seus governantes, como corrupção e ações de caixa dois e a Selma, como conhecedora das leis, deveria saber disso. O povo brasileiro já mostrou que exige correção dos homens públicos. O Brasil está sendo passado a limpo. Qualquer ato que não condiz com a correção deve ser rechaçado. A justiça é para todos, inclusive para a ex-juíza. Então, se houve algo errado nesta campanha, vamos sim pedir investigação e a penalização adequada”, argumentou Fávaro.
Conforme Só Notícias já informou, Selma Arruda é alvo de uma cobrança judicial, por parte de Júnior Brasa, que cobra pouco mais de R$ 1,1 milhão e apresenta cheques no valor de R$ 700 mil assinados por Selma e pelo seu suplente, Gilberto Possamai, emitidos durante a pré-campanha, período em que apenas os partidos poderiam pagar estas despesas.
Com base neste processo, Sebastião Carlos ingressou com ação do TRE pedindo a cassação de Selma. O processo corre em segredo de justiça. De acordo com a assessoria de Fávaro, o processo traz fatos novos e uma análise mais aprofundada da situação.
Selma Arruda nega as acusações e entrou com uma ação judicial contra Júnior Brasa.
