sábado, 18 maio 2024

Alan Malouf se compromete a devolver R$ 5,5 milhões após confessar crimes

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Ao firmar acordo de delação premiada e relatar detalhes de esquemas de corrupção e suposta prática de caixa 2 na campanha de 2014 do governador Pedro Taques, o empresário Alan Malouf se comprometeu a devolver R$ 5,5 milhões como forma de amenizar sua participação nos crimes.

Conforme a delação, cujo sigilo foi derrubado pelo Supremo Tribunal Federal, desse valor R$ 4 milhões são referentes a multa a ser arcada pelo delator e R$ 1,5 milhão foi arbitrado a título de danos morais coletivos pelos crimes cometidos por ele.

Malouf também vai cumprir pena de 15 anos de reclusão, sendo 7 meses de prisão domiciliar, 1 ano e 5 meses no regime semi-aberto com uso de tornozeleira eletrônica e outros 13 anos no regime aberto diferenciado, mas sem o monitoramento via tornozeleira.

Pelos termos do acordo, Malouf poderá abater R$ 3,3 milhões do valor da multa través de imóveis que já foram penhorados e passarão por avaliações a serem feitas por avaliadores cadastrados perante a Justiça Federal de Mato Grosso. Ele ainda se comprometeu a pagar duas parcelas anuais de R$ 212 mil nos meses de julho e dezembro entre este ano e 2022.

Alan Malouf se apresentou como “tesoureiro informal” da campanha de Pedro Taques em 2014 e afirmou que tudo começou quando ele passou a integrar um grupo formado por empresários e produtores, chamado por ele de “simpatizantes” da campanha de Taques que na época estava filiado ao PDT. A função dos participantes do grupo era ajudar na campanha política mediante captação de possíveis doadores de recursos.

Ele ressaltou que os integrantes do grupo nunca assinaram ou ordenaram despesas de modo formal, ficando tais funções a cargo de Orlando Pivetta e Júlio Modesto, que também não ficou responsável pelos pagamentos formais, muito embora funcionasse com o departamento financeiro.

Na delação homologada pelo Supremo com aval da Procuradoria Geral da República, Malouf confirmou ter atuado como um dos principais operadores de um esquema de caixa 2 que abasteceu a campanha do governador Pedro Taques.

Outro lado

Com a derrubada do sigilo da delação, Pedro Taques voltou a sustentar que não houve caixa 2 em sua campanha. “Conforme já declarado desde 2016, o governador Pedro Taques nega a prática do chamado “caixa 2” em sua campanha eleitoral ao governo de Mato Grosso em 2014 e tampouco autorizou vantagens indevidas a qualquer empresa durante o exercício do mandato. Apesar de citado por delator em acordo de delação premiada, Taques não é réu no processo da chamada “operação Rêmora” e terá direito a ampla defesa nos autos. O governador já constituiu advogados para atuar no processo e garantir que a verdade prevaleça”, diz a nota.

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