domingo, 19 maio 2024

Com 238,5 milhões de toneladas Conab estima recorde da safra de grãos

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O Brasil pode alcançar mais uma safra recorde de grãos no período 2018/2019, ao colher 238,5 milhões de toneladas. Levantamento apresentado hoje (11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra incremento de até 10,6 milhões de toneladas em relação ao período anterior. Em relação à área total de cultivo, a estimativa de aumento é de 2,3%, podendo ocupar mais de 63 milhões de hectares.

“Há duas coisas que podem nos levar a esses números. A primeira é o agricultor tomar a decisão de plantar, e os financiamentos chegarem a tempo – 40% oriundos de fontes públicas – para ele comprar sementes e insumos e ele plantar no dia certo de acordo com a recomendação de Embrapa e outros órgãos técnicos”, disse o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

Maggi lembrou que as mudanças de clima nos últimos anos causaram inseguranças entre produtores, mas disse que as tecnologias tem garantido mais informações no campo. “Os produtora podem se programar melhor e se São Pedro que é o dono da torneira regar direitinho teremos esse resultado”, completou.

A estimativa de safra de grãos recorde é impulsionada principalmente pelo cultivo da soja que deve ficar entre 117 milhões e 119,4 milhões de toneladas, seguida da de milho (91,1 milhões de toneladas). A primeira safra de milho pode chegar a 27,3 milhões de toneladas, enquanto a segunda safra é estimada em até 63,7 milhões de toneladas.

Os resultados da produção de milho dependem principalmente da normalização das chuvas, assim como a área plantada.

Outras culturas que devem se destacar na próxima safra são as de algodão – com bom desempenho das cotações da pluma no mercado –, além do amendoim, feijão e girassol.

O ministro lembrou que a retomada da venda de fertilizantes, mesmo após as consequências da greve dos caminhoneiros, pode aumentar a possibilidade de a estimativa de recorde se confirmar. “Havia dúvida se o fertilizante já negociado chegaria e quem arcaria com o frete. Grande parte das empresas bancou a diferença, passando o ônus para a indústria. O que não estava negociado os produtores assumiram.”

Perguntado dos impasses entre as potências China e Estados Unidos, Maggi voltou a afirmar preocupação com consequências próximas. Segundo ele, essa divergência tem garantido ganhos superiores aos produtores brasileiros, “mas apenas em função da guerra”, porém com impactos paralelos. “Se eu ganho mais pela soja agora, o produtor de suínos está pagando mais [para alimento dos animais]. Isso afeta nosso mercado de proteína animal”, exemplificou.

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