terça-feira, 16 abril 2024

Outubro Rosa: Precisamos falar de câncer

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Aquilo que mais escutamos de nossos avós e que nunca deixou de ser verdade nas nossas vidas, tem uma importância maior ainda este mês: é melhor prevenir do que remediar.

Completos 10 anos de celebração do Outubro Rosa, o câncer de mama ainda é o principal tipo de câncer diagnosticado na mulher. Apesar de raro, pode ser identificado também em homens, que igualmente possuem glândulas mamárias. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), além dos casos subnotificados ou em tratamento, o Brasil soma atualmente 59 mil casos de câncer de mama. Destes, 680 são em Mato Grosso.

Apesar do sucesso desta campanha, que inegavelmente tem contribuído em todo o país para diagnósticos cada vez mais precoces e que também conscientiza para a prevenção do câncer do colo do útero, precisamos nos conscientizar sempre que o câncer não espera. Mais importante, quanto menor for o tumor diagnosticado, maior a chance de cura.

Alguns sintomas em mulheres são alteração no formato e tamanho dos seios; dores, vermelhidão e calor na região; pele com textura de casca de laranja; feridas ou crostas nos mamilos e até inversão dos mesmos; coceira frequente; presença de secreções ou sangue no mamilo; nódulos e inchaço nas axilas. Nos homens, possíveis sinais de câncer de mama incluem protuberância ou inchaço (geralmente indolor), pele ondulada ou enrugada, retração do mamilo, vermelhidão ou descamação da pele da mama ou do mamilo e inchaço nos linfonodos axilares.

É preciso acabar com o estigma de que o câncer não pode ser vencido. Neste mês de maior mobilização, é fundamental saber que com prevenção, cuidado e autoexame (toque-se!), aumentam-se as chances de vencer o câncer. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, é recomendável fazer mamografia anualmente a partir dos 40 anos e, em caso de se ter histórico familiar, fazê-lo até mesmo antes desta idade.

O avanço da tecnologia foi também fundamental nesta “guerra” contra o câncer, ao oferecer novas formas de tratamento, novos exames e proporcionar maior conhecimento sobre as doenças. Em Cuiabá, já é possível realizar testes moleculares, um método de diagnóstico mais preciso, para identificargrupos com maior risco de câncer. É animador, inclusive, notar o crescimento da procura por estes testes. Outro avanço é o uso da touca inglesa, um equipamento que ao resfriar o folículo capilar, reduz a atuação dos medicamentos, sendo capaz de diminuir em até 80% a alopecia relacionada à quimioterapia. Assim, diminui sensivelmente a queda de cabelos dos pacientes com câncer e contribui com a autoestima dos pacientes, o que é fundamental para o sucesso do tratamento.

Sabemos hoje que os principais fatores de risco para o câncer são o tabagismo, alimentação não balanceada, peso corporal, hábitos sexuais, fatores ocupacionais, bebidas alcoólicas, exposição solar, radiações e medicamentos, fatores estes que podem ser encontrados no ambiente físico, herdados ou resultado de hábitos de um determinado ambiente social e cultural. Cuidar da saúde é crucial neste enfrentamento. Não somente em outubro, mas em todos os meses do ano, cuide de sua saúde, faça o autoexame e visite seu médico regularmente.

André Crepaldi é médico oncologista e diretor da Oncolog, clínica para prevenção e tratamento de câncer

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